Foi em 2003 que cruzei o Atlântico para tentar a minha sorte no Velho Continente.

Desembarquei na Espanha, nas Ilhas Baleares exatamente no clube RDC Mallorca. Eu tinha que estar pronto para assumir o desafio que eu mesmo tinha me proposto, ainda que fosse difícil.

Eu estava longe de casa, tive de adaptar-me a um novo clube, novos companheiros de equipe, uma nova cultura, uma nova língua, mas tudo correu naturalmente. Tive a sorte de poder me beneficiar da proximidade de alguns grandes jogadores, como Samuel Eto’o, para aprender muito.

Eu também joguei pela primeira vez o torneio europeu da antiga Europa League, a Copa da UEFA. Foi uma sensação extraordinária e adorei os grandes desafios, e estas competições foram momentos maravilhosos para o jovem jogador que eu era.

NESSA TEMPORADA, TERMINAMOS EM 11º NA “LIGA” E PERDEMOS NAS OITAVAS DE FINAL DA COPA DA UEFA. JOGUEI 36 JOGOS, MARQUEI 2 GOLS E GANHEI MUITA EXPERIÊNCIA.

Em 2004, deixei o Mallorca para ir para outro time espanhol, o Deportivo Alavés

que tinha um plantel menos badalado que o Mallorca, mas em eu podia mostrar melhor meu potencial e desenvolver meu jogo plenamente em campo.

A equipe estava jogando na segunda divisão e pretendíamos voltar à ” Liga” (primeira divisão espanhola).

Foi um ano incrível com grandes desafios, e as nossas ambições foram recompensadas: no fim da temporada, o Alavés estava de volta à primeira divisão.

NO ANO SEGUINTE, EU MELHOREI MEU ESTILO DE JOGO E TIVE A RECOMPENSA PESSOAL DE SER CONSIDERADO O MELHOR JOGADOR DA MINHA POSIÇÃO NA “LIGA”, ESEGUNDO MELHOR ARTILHEIRO DO TIME 9 GOLS NA “LIGA”.

 

No verão de 2006, deixei Deportivo Alavés para ir para outro time espanhol… o Celta Vigo.

Lá encontrei meu compatriota Fernando Baiano. Nesta temporada eu voltei a joga a copa da UEFA e pude continuar progredinho com os grandes times europeus.

No campeonato, a temporada foi longa e difícil. Uma verdadeira alternância de bons e maus momentos. De bom, a vitória por 2-1 no Santiago Bernabéu, casa do grande Real Madrid, enfrentando jogadores como David Beckham, Roberto Carlos, Raul, Ronaldo, Casillas, Sergio Ramos ou mesmo o meu ex-companheiro de Santos, Robinho.

E ainda ganhamos e eu tive a chance de marcar un dos gols do meu time.

De ruim, o fato de que, apesar de todos os meus esforços, nossa equipe ter sido rebaixada no que foi um momento difícil para mim.

De qualquer forma, eu aprendi muito com esta experiência, que me permitiu   tomar consciência da importância do coletivo para superar maiores desafios.

Mas qual escolher?

Qual seria a melhor opção para a minha carreira?

Muitas perguntas passaram pela minha cabeça.

Ficar na Espanha, descobrir outro país, outro campeonato?

A decisão foi difícil, mas finalmente decidi ir para o Mônaco.

A presença do técnico Ricardo Gomes, que tinha sido meu treinador da seleção brasileira, pesou na minha decisão.