Nascido em 19 de julho de 1981 em Jundiaí, Brasil, foi com 6 anos de idade que eu dei meus primeiros passos no “mundo do futebol”.

Meus pais me inscreveram no clube de futebol de salão do meu bairro, o Floresta. Naquela época, eu nem pensava no futuro. Meu único pensamento era me divertir e jogar futebol por puro prazer, pois era algo que eu amava acima de tudo.

Depois de alguns anos é que minha vontade de me tornar um jogador de futebol profissional tornou-se realmente um objetivo.

Eu tinha então que fazer desse sonho uma realidade.

Alguns anos mais tarde, durante um jogo de futebol com amigos um olheiro me viu. Ele então me convenceu a deixar o futebol de salão de lado para tentar a sorte no campo, algo completamente novo para mim. Eu tinha 16 anos e o sonho na minha cabeça.

Durante um ano me sacrifiquei bastante. Eu descobri o novo mundo do futebol de 11, o futebol de campo, e eu tinha que trabalhar constantemente para adaptar meu condicionamento para as exigências desta nova modalidade.

Depois de um ano difícil, consegui ingressar no Paulista de Jundiaí. A adaptação não foi muito fácil. Eu tive que trabalhar em dobro e treinar mais que os outros para corrigir minhas falhas.

Durante este ano, tive bons e maus momentos. Como no dia em que o treinador, irritado com meu individualismo excessivo e com meus dribles, decidiu me dar uma lição.

Ele me obrigou a fazer um treino completo com uma bola debaixo do braço. Era a sua maneira de me fazer entender que no futebol o coletivo está acima do individual. Eu tinha uma boa técnica individual, mas tinha que colocá-la a serviço dos outros. Uma bela lição da qual eu me lembro ainda hoje.

Eu tinha acabado de fazer 19 anos e depois fui evoluindo com a equipe B do Paulista.

UM DIA, O TREINADOR DA EQUIPE A DECIDIU ME COLOCAR NO ELENCO. NINGUÉM ACREDITAVA EM SUA ESCOLHA, MAS ELE CONFIOU EM MIM E ME DEU A OPORTUNIDADE DE MOSTRAR O QUE EU PODIA FAZER.

No intervalo, ele me deu a minha chance. Com grande determinação que eu fiz a minha estréia no campo.

Em 45 minutos, eu fiz dois gols e fui eleito “Craque do Jogo”.

NO JOGO SEGUINTE, O TREINADOR APOSTOU DE NOVO EM MIM, EU MARQUEI MAIS DOIS GOLS E NUNCA MAIS DEIXEI A EQUIPE PRINCIPAL. EU APROVEITEI MINHA OPORTUNIDADE E EU PODIA, ENTÃO, CONTINUAR A ACREDITAR NO MEU SONHO. UM DOS DIAS MAIS FELIZES DA MINHA VIDA.

Os anos seguintes foram maravilhosos para mim.

Eu me adaptei melhor futebol ao futebol de campo e depois me transferi do Paulista para o Palmeiras.

EU SÓ FIQUEI UMA TEMPORADA NO PALMEIRAS E DEPOIS FUI PARA O SANTOS, O CLUBE DO FAMOSO PELÉ. DURANTE A MINHA PRIMEIRA E ÚNICA TEMPORADA NO SANTOS, FIZ OITO GOLS EM 22 JOGOS DO CAMPEONATO. FIZEMOS UMA GRANDE TEMPORADA COM JOVENS TALENTOS COMO ROBINHO E ALEX, QUE TORNEI A ENCONTRAR ALGUNS ANOS MAIS TARDE NO PSG…

Nesta temporada, ainda tive a oportunidade de jogar a final da Copa Libertadores, o equivalente para nós, sul-americanos, à Liga dos Campeões da Europa. Uma final que disputamos com o Boca Juniors da Argentina, e perdemos. Uma lembrança dolorosa, porque nunca é fácil perder uma final, especialmente quando se é jovem..

Mas o lado positivo em tudo isso é que alguns clubes europeus começaram a se interessar por mim.

 

Ao mesmo tempo, eu tive a grande honra e orgulho de vestir a camisa seleção brasileira sub 23

Eu estava orgulhoso por tudo o que aconteceu comigo… mas nada se compara com o que eu senti no dia em que eu pude comprar uma casa para minha mãe. Naquele momento eu tinha a sensação de ter alcançado o meu sonho. A partir de então, minha nova meta era vencer na Europa…